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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Conhecendo os Bens Tombados de Matias Barbosa: Painel de Azulejo “Evolução dos Transportes”


Conhecendo os Bens Tombados de Matias Barbosa: Painel de Azulejo “Evolução dos Transportes”

 

Ano do Tombamento – 2009

Tombamento Municipal – Decreto nº 1.556 de 20 de outubro de 2009.

 

Monumentos

Painel de Azulejo “Evolução dos Transportes”.

 

Localização






Praça Peter H. Birkeland.

 

Bairro

Centro.

 

Custo da Construção

Indeterminado.

 

Período de Construção

1968.

 

Artista Responsável pelo Painel

Terson Souza da Cruz.

 

Histórico da Edificação

O Painel de Azulejos retrata a evolução dos transportes ao longo dos tempos na cidade, e é uma obra artística de origem portuguesa que retrata diversas etapas da história do transporte no município, em Minas Gerais e no Brasil. Foi encomendado para ser instalado na antiga Rodoviária, onde hoje é a Praça Peter H. Birkeland. Nessa época Peter H. Birkeland era o diretor da Viação Popular. A obra configurando-se como importante expressão artística, elemento referencial e marco na paisagem urbana da cidade. O painel foi assinado pelo renomado artista petropolitano, Terson Souza da Cruz, que pintou diversos painéis espalhados pela Europa, América do Norte e América do Sul.

 

Descrição do Painel

O Painel de Azulejo “Evolução dos Transportes” é composto por 75 azulejos de tamanho de 20 cm x 20 cm, dispostos de forma retangular, sendo 15 azulejos formando a largura do painel e 5 azulejos formando a altura, totalizando as medidas de 3m x 1m.

A importância desta obra refere-se à narrativa da evolução dos transportes na cidade de Matias Barbosa, sendo protagonista das maiores transformações nos meios de transportes terrestres do Brasil. A pintura em tom azul e branco aplicada sobre o fundo fosco, retratam em primeiro plano, diversas cenas e paisagens que retratam a evolução dos transportes no Brasil. A representação se divide em seis cenas diferentes, interligadas, em disposição aleatória, da esquerda para a direita.

A primeira cena é a maior entre as demais. Retrata um trecho da estrada União & Indústria que ligava Petrópolis a Juiz de Fora, inaugurada em 1861, foi a primeira estrada madacanizada do Brasil e a primeira a cobrar pedágio. A cena contém um diligência, espécie de carruagem, puxada por 4 cavalos. A carruagem sobre quatro rodas conduz diversas pessoas, dispostas em 4 classes, em área interna e externa. A diligência, denominada Mazzepa, é representada passando sobre uma ponte em pedra de cantaria e vãos arqueados, representando o padrão das pontes existentes na referida estrada. A paisagem é marcada por um córrego em primeiro plano, a composição da ponte e diligência pela presença de árvores, arbustos, em segundo plano e por montanhas no terceiro plano.

A segunda cena apresenta, em primeiro plano, um trecho de estrada pavimentada com pedras tipo paralelepípedo, onde se vê um automóvel aberto, com dois indivíduos. Trata-se de um carro motorizado, de 4 rodas, com capota flexível, rodas com pneus estreitos e com 2 lugares. Apresenta a duas figuras masculinas. Eram os “sportmen” homens aventureiros que pilotavam seus automóveis no início do século XX pelas trilhas de antigas estradas (neste caso era a Estrada União & Indústria) no painel está a representação de um caso real de duas pessoas que saíram de Petrópolis em direção a Juiz de Fora, representando as quando passaram em Matias Barbosa. A paisagem é marcada por uma estrada em primeiro plano, com marco da quilometragem descrita em K 13, a composição do automóvel pela presença de árvores, arbustos, em segundo plano e por montanhas no terceiro plano.

A terceira cena apresenta um ônibus representado em movimento, em uma curva de estrada, com vista posterior, sendo observado por duas pessoas, temos a representação dos transportes rodoviários de passageiros na BR-3 (estrada que ligava a cidade do Rio de Janeiro a Belo Horizonte, capital mineira).

A quarta cena, em segundo plano, apresenta uma locomotiva, conhecida como “Maria Fumaça” puxando um vagão, atravessando o pontilhão de ferro na cidade, era Estrada de Ferro D. Pedro II.

A quinta cena apresenta, em primeiro plano, figura masculina sentada em um banco, próxima a uma bicicleta, e comunicando-se com uma figura masculina sobre uma motocicleta. A cena complementar é composta por ambiente urbano, segundo plano, com presença de carros, ônibus, prédios verticalizados e transeuntes. Esse conjunto encontra-se aplicado em uma parede, com uma grande moldura retangular, com motivos em forma de grega, também em tons azul.

 

Técnicas Construtivas Predominantes

Em um moinho contendo pedra sílex foi inserido argila, dolomita, quartzo, talco industrial, silicato e carbonato de bário que durante 16 horas foram misturados e depois peneirados aonde se separaram as impurezas de uma pasta fina. Em seguida a pasta foi inserida em formas de gesso na forma do azulejo 15 cm x 15 cm, até a secagem. Outra etapa foi o xacote, onde a pasta já seca foi levada a uma temperatura de 1.040 graus centígrados durante 12 horas, na qual se obteve o azulejo cru. Após o xacote, os azulejos foram pintados e recebeu uma camada de pó de vidro, desta forma os azulejos foram vitrificados ao serem levados novamente ao forno à temperatura de 1.020 graus centígrados por uma hora e meia, chegando assim no acabamento final das peças de azulejos que ficaram prontas para ser instaladas. 

 

Empresa Contratada

Cerâmica Luiz Salvador (Petrópolis-RJ).

 

 



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